véus em bloomsbury
a bicicleta passou leve e lenta. mesmo acreditando nessas histórias com um ligeiro desconfiar, não desviei o olhar. e assim eu vi: vento, cabelos pretos, olhos azuis, azuis, sorriso, olhos azuis, pálpebras e cílios, bochechas rosadas, dentes, lábios e nariz e um sorriso que ocupava todo o rosto, todo o resto, e também as rodas da bicicleta e o parque verde da esquina, o semáforo vermelho e o asfalto tão limpo, tão limpo que pra mim brilhava. mas o brilho era fosco e cinza, e eu preferia o brilho azul do homem da bicicleta que parecia surpreso em ver que eu também sorria. ora, eu sorria e isso quase me alegrava, então eu tirei meus fones do ouvido e em câmera lenta e leve, como a bicicleta que levava o homem do sorriso azul, bem, em câmera lenta e leve eu me virei para acompanhar a trajetória de um momento que a cada vez que lento e leve me viesse à memória lavaria minhas mãos e livraria minhas palavras da pressa e da violência do querer.
11 Comments:
em velocidade e tempo antagônicos ao posto anterior.
post
mas deve ser esse o caminho, moça.
sigamos o caminho da bicicleta:
pra lá --->
ou
<--- pra lá
[ai ai, mas que o moço era bonito era viu... *suspiro*]
pô mara, agora que eu tô reparando o quanto seu comentário foi esperto ;)
isso é uma ironia? Fiquei um pouco confusa....
to me sentindo zuada,.
nha. claro que não é ironia mocinha.
que coisa, tô falando sério. é porque eu não tinha reparado o tanto que esse post apontava pra uma direção diferente do outro. e você percebeu!
uai.
até parece que eu faço zuação com os outros.. huhu.
t>0 - sublimado (até 2:34)
..outros tempos no decorrer dio dia..
t=0 - singularidade
t>0, t=0
^^
? - 2'34" sem contar o sony bla bla bla?
ps- adorei a mochila de asinhas do pequeno japa. quero uma rosa pra mim. hihi.
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