11 abril 2007

plim.

(...) porque, você sabe, eu sei: passa.

28 março 2007

snow down on me ou saudades do thom


rain down, rain down, come on rain down on me from a great height, from a great height, height

27 fevereiro 2007

a felicidade impossível em marguerite duras ou, depois de um tempo, reconhecer conquistas

...

Se a felicidade depende da proximidade do outro, essa felicidade representa um desafio. E um desafio que precisa de coragem para ser aceito. Pode-se bem, por comodidade, medo ou até mesmo preguiça, acreditar que essa proximidade ao outro nos é dada. Mas não é o caso. Tal proximidade deve ser construída, através da tentativa de vencer esse abismo entre os seres, alimentado pos diálogos falsos, palavras em vão, a ilusão bastante disseminada de que se tem o suficiente com aquilo cujo toque não vai além da superfície.

O esforço deve ser para falar e escutar. Se somos sempre sós em nossa existência, a comunicação, muito além das simples trocas de palavras, pode ser um encontro. Momentâneo, possível em seu estado efêmero, mas um encontro, do qual se guardarão lembranças e do qual seremos nostálgicos. E aqui estamos a falar da história do casal que deslumbra e guia Anne e Chauvin em Moderato Cantabile. Falamos também da história de Anne-Marie Stretter e a fascinação que ela exerce sobre as vozes paralelas que, perseguindo seus desejos, se perseguem. Porque suas projeções, suas fabulações os prendem num labirinto de espelhos, perdidos entre os reflexos da realidade e aqueles de seus desejos.

E com tudo isso, seria alcançável uma verdadeira comunicação? Venceria-se a alteridade absoluta com esses diálogos que, mesmo se sinceros e verdadeiros, não oferecem que pedaços, cacos do outro? No fim, a Ana que Chauvin desejava era a mulher morta, a esposa de seu patrão ou a mãe embriagada que lhe ofereceu os lábios no fundo do café? O outro como o concebemos não existe, encontrá-lo, então, é forçosamente impossível. E se atrelamos a felicidade a esse encontro, como os personagens de Duras parecem fazer, essa felicidade se torna, ela também, uma impossibilidade.

Esses personagens se dedicam à busca do “inatingível”, e se essa escolha os afasta da simplicidade evidente e superficial, essa sede do impossível dá a essas vidas outros encantos, porque além dos objetivos alcançados, fica a beleza dos trajetos guiados pela esperança.

02 fevereiro 2007

os meses dentro do ano

Recolho os gritos
Para freqüentar seu corpo.
As idéias suspensas,
As exaltadas diferenças
Encaram outros gritos:
Ponte para o meu sangue.
O que mapeia meus erros?
Trinco-me, exponho as fendas.
Nosso desarranjo marca aquele ritmo,
A gagueira desajeitada de quem ama.
É macio aqui dentro,
Amplo demais lá fora.
Quero a indiscrição dos dias
E a estreiteza das noites,
Freqüentar a umidade quente da sua madrugada,
Acordar com incômodo na retina.
Cega e abraço solar,
As mãos já secas,
Exalando as madrugadas,
Que deixam ruídos nas unhas.
Desvendar a medida exata do silêncio
E mencionar nossa memória
Sem dize-la.
Olhar os ponteiros,
Salpicar o ar com gotas de água nova,
Temperando o desvario dos minutos.

07 janeiro 2007

santa said dance

o trocadilho do título é idiota e tem a ver com sufjan stevens/white stripes, clap your hands, ressaca do espírito natalino/reveillonesco e dom pra piadinhas ruins. pois é.. acontece.

enfim, momis anda preocupada comigo, tenho arranhado os tacos da casa ao me sacudir estranhamente pra lá e pra cá, fazendo perfomances com o guarda chuva gigante no meio da sala. ela me pergunta se tenho coragem de dançar assim "na frente dos outros". eu rio com menos constrangimento que deveria.. devo confessar.

anyway, estou pensando em participar de uma refilmagem imaginária daquele filme com o patrick swayze : o da cosquinha debaixo do braço, do salto voador, tchatchatcha e do vozeirão que canta i've had the time of my life... acho que seria uma realização pessoal. hihi. sim, eu adoro aquele filme.

o mais genial seria inventar coreografias coletivas para this charming man - versão death cab for cutie e my, my metrocard, do le tigre - que.. incrível!, conseguiu ter uma música mais dançante que deceptacon. um bom plano pra 2007. rá!

os mocinhos do ok go que se cuidem...

29 dezembro 2006

nem ouvi ainda, mas a capa já garante

e olha devagarinho senão estraga

24 dezembro 2006

leves saltos


..o'death, o'love, o'life..
músicas deste 24 de dezembro:
lulina, christmas light.
eu vou sorrir, com os fogos de artifício na janela
los hermanos, o velho e o moço.
eu gosto é do gasto
sufjan stevens, sister winter.
and my friends, i returned to wish you all the best

anota aí papai noel: abraço longo e forte em cada uma das pessoas que fizeram de 2006 o ano que foi. especial