the moment when composure returns ou bem vindos ao equilíbrio
depois de alguns estalos, uma (in)certa beleza e uma (in)certa alegria, enfim.
então a gente pega com bastante cuidado cada pedacinho de sorriso, e enche os bolsos com eles, porque sempre o inverno vem. ou volta.
então a gente escuta velhas músicas com ouvidos novos, e reescreve histórias que não se acabam. mesmo que seja um rascunho que vá ficar perdido no canto da gaveta, do lado daquele sabonete rosa, que já perdeu o cheiro.
então a gente toma algo bem quentinho, simulando o aconchego que não se alcança. a gente se enrola nas cobertas, coloca três livros ao lado do travesseiro: a prosa, a poesia e as palavras de jesus. a gente ganha da insônia, e sonha acordado com os anjos. a gente até acredita ao dizer amém.
então a gente faz planos e ri de histórias idiotas. a gente apaga o cigarro e até pensa numa vida saudável. em menos de cinco minutos, já é tempo de gargalhar com a nova piada enquanto se procura o isqueiro: caminhar na lagoa? rá.
então a gente se dá conta do óbvio: "não. não preciso de auto-ajuda alheia". mas a gente se assusta e logo se alegra com qualquer doçura nas palavras. e tem vontade de abraçar forte os amigos. é tão bom dizer obrigada.
então a gente diz obrigada e abraça forte. bota the rollercoaster ride como trilha, e prepara o fade out, ou as reticências.
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perdi a imagem que seria a vedete deste post, ao lado de rollercoaster do belle and sebastian [\0/]. nha. mas segue a legenda da foto ausente:
com vocês (conosco) o equilíbrio. áureo.
